Flavinha no Mundo da Lua

Esse blog é para quem quer ficar atualizado no que acontece no mundinho dessa menina maluquinha. Principalmente, para ter notícias das aventuras argentinas...

segunda-feira, julho 16, 2007

Terminator

Sabe aquele brinquedo que deixa a gente de cabeça para baixo? Aquele, que aqui no Brasil nós chamamos de Kamikaze... Então, hoje, nos raros momentos, em que consigo colocar a minha cabeça no lugar, depois de tantas voltas, vejo como a minha vida (e de outras pessoas também) se parece com esse brinquedo.

Nossa mãe! Amanhã, dia 17 de julho, fará um ano desde que fui embora de Córdoba. Foi nesse lugar onde vivi grandes aventuras, conheci pessoas incríveis, e, de certa forma, me tornei a pessoa que sou hoje. Posso dizer, sem sombra de dúvida, que essa viagem mudou minha vida, não sei explicar bem porque, mas desde que eu soube que ia para lá alguma coisa dentro de mim aconteceu e me permiti fazer as mudanças mais incríveis e fazer as coisas do jeito que eu, e às vezes mais ninguém, achava que era melhor.

Mas engana-se que tudo foi uma coisa tranqüila, uma mudança que me fez uma pessoa melhor. Nada disso, foi tudo, e ainda é, muito conturbado, cheio de emoções, gritos, medos, voltas, arrependimentos, certezas, inseguranças, alegrias... Enfim, um montão de coisas e sentimentos que rodam por essa aventura louca que é viver de verdade. Digo de verdade, porque para mim só vive de verdade quem tem coragem de se entregar a esse “brinquedo” que é viver com todas as voltas e reviravoltas que ele tem. Há que ter muita coragem para embarcar nessa aventura.

Eu sempre fui uma menina meio medrosa, tinha medo de tudo e mais um pouco. Quando ia ao parque de diversões os brinquedos mais radicais que eu me atrevia a ir eram o Minhocão e o assustador trem-fantasma do Parque Guanabara. Ir ao temível Kamikaze então?! Nem pensar... tah louco! Eu não era suicida, tinha amor à minha vida! Se bem que esse amor à vida é relativo...hoje, penso que as pessoas que mais tem amor, paixão à vida são aquelas meio “suicidas” mesmo, as que se jogam com vontade com tudo o que elas tem, dispostas a perder tudo para viver um grande momento, com toda a fugacidade inerente a eles.

E foi nessa vontade de nunca mais retomar a vida vazia da falsa segurança, que me joguei, um caminho que acho que é sem volta, e me arrisquei e continuo me arriscando todos os dias na expectativa de viver grandes e inesquecíveis momentos. E podem ter certeza, que desde que essa decisão foi tomada, no começo de 2006, vivi tudo muito intensamente, ri demais, chorei demais, fiquei muito feliz, fiquei muito triste. Tudo foi tão muito que tenho que fazer uma tremenda força para me lembrar de fatos anteriores a isso. Tudo era tão superficial, que não parecem não haver deixado marcas suficientes para conviver com essas novas e eternas lembranças.

O engraçado disso tudo é que só tive coragem de enfrentar o terrível Kamikaze quando estava na Argentina... Sempre que íamos ao parque Sarmiento víamos o Terminator (o hermano do Kamikaze) e falávamos que antes de irmos embora teríamos que ir. Assim transcorreu todo o nosso intercambio e no meu penúltimo fim de semana em Córdoba, lá fomos nós enfrentar o Terminator, ainda meio em dúvida e com medo, decidi não vacilar e lá fui eu. Gritos, cabelos em pé, adrenalina subindo, coração disparado, e... ah! Como assim? Acabou? Já foi? De novo!...

segunda-feira, setembro 18, 2006

Enfim criei coragem...

É gente, com o retorno à vida normal, ao planeta Terra fiquei distante do meu querido e amado blog. Muito me pergunataram se era o fim, e eu disse que sim, afinal já não haviam mais grandes aventuras e nem leitores ávidos pela minha vidinha belo horizontina pacata (falo isso pelo número de comentários dos últimos postes). Com esse cenário, resolvi tomar coragem e escrever o último e definitivo post.
Demorou eu sei, mas o blog precisava terminar dignamente, né??? E nada como um post de despedida. Acho que não tive coragem até agora de fazer isso, porque no fundo eu não queria me desligar da maravilhosa vida que tive nos cinco meses que vivi na Argentina, meses que, com certeza, foram os mais intensos da minha vida (pelo menos por enquanto). Diante disso eu não poderia simplesmente dizer tchau e partir... Assim, aqui estou eu sofrendo para escrever o último e definitivo post... (ai, nunca pensei que seria tão difícil).
Durante os últimos meses vocês acompanharam as aventuras, as tragédias e as comédias, enfim essa novela argentina-brasileira que foi a minha vida, e podem apostar o quanto é difícil para mim dizer adeus para tudo isso. Mas é necessário, agora com a cabeça no lugar, com a vida no rumo, com os pés no chão posso dizer que tudo valeu a pena, mas que é hora de encarar a vida real (até parece alguns daqueles participantes de realitys shows falando sobre a sua experiencia). Mas é mais ou menos isso, só que não fui filmada e nem me tornei uma celebridade instantanea.
Fazendo um balanço do intercambio vejo o quanto cresci (até mesmo na escrita), e que fiz amigos incríveis, que foram essenciais na minha jornada. Não sei se um dia voltarei a vê-los (espero que sim), mas que mesmo longe farão parte de uma parte gostosa e engraçada da minha história...
Não queria ser saudosista, mas é impossível escapar desse sentimento. Então, acabo por aqui os relatos das minhas aventuras cordobesas. Mas não discarto a idéia de vir a postar de novo no blog, desde que hajam histórias dignas para isso (afinal, eu estou aterrizada no planeta Terra, mas nada me impede que eu tenha aventuras a lá mundo da Lua).
Para terminar quero deixar um verso do Pablo Neruda, que tem tudo a ver com o blog e comigo...
"A cada mañana traigo del sueño otro sueño"

sábado, agosto 05, 2006

Aventuras porteñas


Antes de mais nada quero me desculpar a demora para postar as minhas últimas aventuras, acho que assim fico mais perto de Córdoba... Não quero dizer o adeus final... E além do mais readptar-se não é uma tarefa fácil, né???
Mas deixando esses poréns de lado, vamos ao que interessa: a minha viagem com meus pais para Buenos Aires! Depois da triste despedida de Córdoba e dos meus hermanos, entrei no ônibus com lágrimas nos olhos (na verdade eu estava é soluçando de tanto chorar) rumo à Buenos Aires... E graças ao desgaste do adeus (como diria uma música que eu adoro "que látima pero adiós, me despido de ti y me voy") dormi igual que uma pedra a viagem toda, só acordei quando estávamos chengando em Buenos Aires!
Acordei e já estava lá, e a primeira coisa que me passou pela minha cabeça foi "ai que cidade louca, eu quero voltar para Córdoba". Dái fomos ao hotel, e de uma certa forma meus desejos foram atendidos. Sabem qual era o nome do hotel??? Central Córdoba Hotel! Não acreditei, essa Córdoba não sai do meu pé... Mas a Córdoba porteña era muuuito pior que a original, subimos para o quarto e era horrível, tinha um cheiro de mofo horroroso. Mudamos de quarto beeem melhor (mais caro é claro), mas é a primeira impressão é a que fica... Que saudades da Córdoba original!!!!!
Mas colocando o saudosismo de lado, Buenos Aires é uma cidade incrível, super linda, grande, uma verdadeira metrópole, com monumentos e construções maravilhosas em cada esquina. E é claro sem me esquecer dos momentos impagaveis que passei com meus pais, um falando em português crente que todos entendem super bem esse idioma, e a outra falando um portunhol horroroso, e no final das contas sabe quem eles entendiam melhor quando eu não interferia??? Acreditem se puderem o papai! Mas como na maioria das vezes eu metia o bedelho...
E por falar em confusões linguistícas não esquecer da mamãe falando "quanto vale?", quando na verdade ela deveria dizer "a cuanto sale?" e o papai na incrível busca pela "jambrera de cuero" que na verdade seria uma "campera de cuero" entre otras cositas más...
Mas a viagem foi excelente, conhecemos a casa rosada, o barrio La Boca (com direito a Maradona e tudo o mais), la Recoleta (com túmulos de famosos, Mari!!! Me lembrei de vc!!! Tirei uma foto no túmulo sabe de quem??? Da Evita, não! ou melhor dela tb... Mas tirei a foto no túmulo do Sarmiento! hahahaha), dos milhares de parques, e outras coisas mais que nem me lembro agora... E é claro sem esquecer do nosso bife de chorizo de cada dia acompanhado de papas fritas ou pure de papas - isso é que é tradição argentina!
Só sei que no final eu já estava cansada de tantas papas, e louca para voltar logo para BH. Afinal, eu ainda estava na Argentina, mas não em Córdoba. E já que era para não estar em Córdoba... melhor é estar em BH, então!!!!!!!!!
Dito e feito, no domingão, 23 de julho, o avião decolou de Buenos Aires, e mais uma vez meus olhos encheram de água. Agora era definitivo... Tchau Argentina, ou melhor, "no lllores por mi Argentina"...

terça-feira, julho 25, 2006

É chegada a hora do adeus: foi bom mas acabou (tchau Córdoba)

É gente, o blog chega aos seus últimos capítulos, e como toda boa novela (coisa que eu adoooro) tem muito choro, despedidas, reencontros, casos engraçados e recordações que ficaram para toda a vida. Foram cinco meses que vivi nessa cidade incrível, onde fiz grandes amigos e tive aventuras inesquecíveis. Bom, a despedida foi difícil, mas é necessário, afinal voltar para casa também é bom, né? Se eu não voltasse acho que meus pais iam ter um treco hehehehe
A despedida foi longa bem umas duas semanas despedindo hehehe. O primeiro hermano a nos deixar foi o Ricardão, foi um grande baque, afinal foi ali que caiu a minha ficha de que o intercambio tinha acabado e era hora de voltar para casa, sair do mundo da lua e aterrizar os pés no chão firme.
Como não poderia deixar de ser nossa despedida contou com muita farra, uma saída "rebuena" (como diriam os argentinos) em uma boate super legal onde nos divertimos um montão... Não dá nem para descrever... Mas enfim, além da festança teve também video clipe, muito choro e despedidas emocionantes... Acho que se fizessem um filme da nossa casinha, acho que ia ser um filme de chorar hhehehehe (afinal, até a mamãe chorou na minha despedida).
Quando o Ricardo foi fizemos a maior farra na rodoviária, com direito a bilhetes de despedida, faixa de papel higienicos, lencinhos, corrida atrás do onibus, e é claro muuuuuuuito choro... Ai meu Deus!!!! Não sei o que foi mais difícil: ver os hermanos partirem, ou ter que me despedir deles... Enfim, assim é a vida, não é mesmo?
E depois da primeira baixa, a cada dia a casa foi ficando mais vazia... Pouco a pouco também se despediram, a Jéssica, a Lu, a Cami, e eu....
Ai, chegou o dia tão temido: é a hora de dizer "adiós", ou melhor, "hasta luego". Depois de um final de semana inteiro ensaiando o tchau, relembrando casos engraçados e lugares inesquecíves, e é claro tentando resolver inúmeros e inacabáveis pepinos da faculdade (ô trem que me deu problema soh, até no último instante em Córdoba estive correndo atrás das papeladas).
Chegou a hora de ir, malas (muitas malas) arrumadas e uma terrível saudade antecipada de Córdoba. Comitiva até a rodoviária, presentes e bilhetes lindos de despedida, choro até não poder mais (acho que dava até para encher uma piscina), e fim! Me depedi de Córdoba, com muitas lágrimas e com a sensação de ter vivido momentos magníficos, que ficarão para sempre na memória dos hermanos.... E como diria o mala do alemão: "Ahora es fin".
P.S: Calma o blog ainda não acabou, afinal me despedi de Córdoba, mas não ainda da Argentina... Afinal, de lá fui para Buenos Aires com meus pais... uff, e mais um capítulo do mundo da lua

segunda-feira, julho 10, 2006

Sofri, mas rendi

Andei meio sumida, né??? Acontece que estive muito stressada nas últimas semanas, estudando noite e dia. Isso tudo por conta que eu teria que "render". Como eu já havia contado para vocês o sistema educacional daqui é bem diferente do Brasil, e uma das diferença é com esse tal de "render". Tento explicar o que viria a ser isso, eu mesma demorei um tempao para conseguir entender bem o que isso era, só compreeendi depois que tive que "render" rs...
É o seguinte, aqui nao basta os alunos se aprovarem nas provas e nos trabalhos (aliás os alunos tem se aprovar em TODOS em separado, nao é igual no Brasil que o que vale é a média final e que vo¨cê pode ir mal em uma prova e se recuperar na próxima. As notas sao independentes) no final eles ainda tem que "render". O tal do "render" seria como uma prova final só que, geralmente, ela é ORAL, e dependendo do seu desmpenho durante a disciplina há níveis de "rendimento". Se você tirou mais de sete em tudo, você é aluno promocional e faz a prova de só uma parte da matéria. Mas se você se aprovou em tudo, mas com menos de sete, você é aluno regular (esse foi o meu caso) você faz a prova de toda a matéria, que diga-se de passagem é enooooorme. Agora se você nao se aprovou na matéria, e nao quer fazer tudo de novo, você é livre, e pode tentar arriscar tudo e "render" como livre, aí cai a matéria toda, a prova é oral e com uma banca de três professores te avaliando...
Bom, com esse panorama nada agradável, fui "render" duas disciplinas na mesma semana, o que signifcou mais de uma semana trancafiada em casa só com os estudos... Eu tava com tanto medo dessa prova que passei um mal danado na véspera, nao tinha ficado tao nervosa assim desde o vestibular (quanto tempo... já vao fazer 4 anos! AAAAAAAAAAAAAA)
Enfim, apesar de estar tremendo nas bases fui "render" confiante graças aos bilhetinhos de boa sorte que as meninas deixaram no espelho do banheiro (meninas, valeu pelo apoio e por terem aguentado o meu super mau humor). Só um detalhe, o tal de "rendir" parace um bingo, temos que sortear, com aquele trem de bingo mesmo, duas unidades da matéria para desenvolver. A minha experiencia de "rendir" foi mais ou menos tranquila, eu sabia bem toda a matéria, e a prova foi escrita, me aprovei uffff. Agora o segundo dia de "rendi", uf que sufoco! A matéria era enorme, das 10 unidades, eu sabia bem só a metade, e ainda era oral... Ai! Tive vontade de sair correndo... Ainda mais quando vi um menino que estava "rendendo" como livre sendo reprovado... O coitado nao conseguia falar nada, daí os professores começaram a fazer perguntas e o sujeito continuava calado, e quando resolveu abrir a boca ainda respondeu errado. Tadinho, os olhos dele até encheram d´água, e eu só pensando que isso nao poderia acontecer comigo. Chegou a minha hora, eu tava morrendo, e que sorte! Sortei justo as unidades que eu sabia bem.... daí foi tranquilo, falei tudo o que eu sabia, e ia continuar falando mas a professora disse que já estava bom e que eu tinha tirado um 8!!!!!!!! EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE Tirei um peso das minhas costas, finalmente eu ia poder sair de novo! Agora só me falta um trabalho de uma matéria, e FIM!!!!!!! Já estarei de volta ao Brasil...

sexta-feira, junho 30, 2006

Sim, eu tenho coraçao, e tenho dó dos argentinos

Ai, ai... Que tristeza! Argentina está fora da Copa e logo no jogo contra a Alemanha (ARGTH, que asco)!!!!! Tadinhos, apesar de tudo, eles nao mereciam tanta tristeza. Até confesso que nos últimos jogos dos nossos hermanos eu, como boa brasileira que sou, até estava torcendo contra, e pretendia, de coraçao, também torcer contra nesse jogo. Mas nao pude! Foi mais forte do que eu! O meu ódio pela Alemanha, ou melhor pelo alemao que mora comigo, é muito maior que a leve antipatia que eu tenho por alguns argentinos, na verdade eu bem que gosto deles, eles tem sido bacanas comigo, seria até injusto da minha parte ficar torcendo contra...
Mas vocês devem estar pensando, afinal de contas quem é esse alemao??? Afinal, ele nunca apareceu nas minha histórias, apesar de merecer um capítulo a parte, e ainda é odiado por mim!!!! Mas explico.... Tudo bem que odiar é um pouco forte demais, mas o fato é que nao gosto dele, ou melhor tenho medo dele. Ele nao fala com ninguém só as vezes emite sons estranhos, nos comprimenta com a sobramcelha, e ainda por cima tem cara de louco psicopata. Mas tem também a história do filme... Mas essa é uma loooooonga história.... E se eu começar contá-la agora vou perder o fio da meada. Explicado o meu ódio pela Alemanha, voltemos à eliminaçao da Argentina da Copa.
Assistimos o jogo aqui em casa com o alemao doido. Todo mundo tava meio assim, sem saber para quem torcer, e no fim das contas até o Cassinho, que desde o primeiro jogo foi o mais anti-argentino de todos os brazucas, tava torcendo pelos hermanos, tudo culpa da "mala onda" desse maldito alemao.
Jogo tenso! Primeiro gol da Argentina, ai que vontade de gritar "Toma distraido! Seu alemao, viado!" Mas pelo bem da minha integridade física, fiquei bem quietinha, torcendo por dentro. Mas logo termina a alegria, gol da Alemanha! Momentos de tensao: o alemao grita igual um louco, vai até a porta de vidro, que estava fechada, e fica lá enfrente dela, acho que devia estar pensando se abria ou nao, nesse momento até pensei que ele ia quebrar o vidro com a cabeça. Mas ele acabou abrindo a porta, indo para o quintal e ficou gritando um monte de coisas que ninguém entendia, por certo ele tava chingando os pobres dos argentinos... Mas o pior é que a Graciela, a senhora argentina que faz a limpeza da casa, estava assistindo o jogo conosco e o doido do alemao pegou e falou uns trem esquisitos para ela (nessa hora como eu queria um tradutor automático). Ai que medo! Pensei que o doido ia voar no pescoço da pobre Graciela. A partir de entao fiquei mais nervosa ainda e mais quieta, vai que o alemao percebesse que eu tava torcendo pela Argentina e resolvesse me atacar também???? Nunca se sabe, né? Fim do jogo, 1 a 1! Ai MEU DEUS!!!!!!!!!!!!!!!!! Prorrogaçao, fiquei tao nervosa que nem aguentei ver, vim para o computador e fiquei só escutando o jogo. PUTZ, penaltis! Nao pude deixar de ver, desci, morrendo de medo, para ver os penaltis. Argentina, sem o seu goleiro oficial, acabou perdendo.... Tadinhos... Os jogadores tudo chorando, enquanto o alemao louco pulava de alegria. Ai que raiva! Como o mundo é injusto. E ainda por cima os mala dos alemaes foram tirar sarro com a cara dos argentinos, o que acabou em porrada (bola que eu estava cantando desde o início do jogo). Fim do "Mundial" para os hermanos...

domingo, junho 18, 2006

A cada dia mais argentina...



Ai, ai... Fiquem calmos que nao estou pensando em me casar e ficar por aqui definitivamente. Tudo isso é por causa de um simples, complicado, corte de cabelo.
Tudo aconteceu quando eu já nao estava mais aguentando meu cabelo, que já estava enorme e minha franja estava num estado deplorável. Diante desse quadro cabelístico caótico, resolvi recorrer aos serviços do nosso querido amigo Ariel muy muy, o cabelereiro que cortou os cabelos das meninas daqui de casa sem transformá-las em argentinas (hehehe). Um dia fui ao Muy Muy cortar as minhas madeixas, e qual nao é a minha surpresa quando vejo que o salao estava fechado. Ai, e agora????? Onde mais eu poderia cortar meus cabelos em segurança???
Ainda sem resposta, mas já nao aguentando a minha situaçao capilar, resolvi sair a busca de um cabelereiro, e para essa aventura, como nao poderia deixar de ser, contei com a ajuda da minha fiel escudeira Mari. Andamos um pouco, e avistamos um salao, aqui na rua de casa mesmo, que parecia que era confiável.
Bom, entrei e pedi ao cabelereiro, que deixasse o corte que estava, que eu queria que ele tirasse um pouco das pontas e que cortasse a franja, para que ela ficasse mais ou menos na altura da sombrancelha. Tudo bem.... Essa criatura foi falando que os cabelos brasileiros eram muito tradicionais (imagina, o meu aí no Brasil nao era nada tradicional) e que aqui na Argentina os cabelos eram bem maluquinhos. Eu disse que tinha percebido, e reafirmei que nao queria meu cabelo maluquinho, que queria ele como estava, tradicional, segundo ele.
Tesoura daqui, tesoura de lá. E eu só pensando, ai meu Deus o que esse homem, ou melhor essa biba, está fazendo com o meu cabelo?????
Terminou o corte! Respirei fundo.... Ai, putz... acho que estou uma "rolinga" (esse termo é usado pelas meninas que tem aquele corte horrível que eu já contei para vocês, que ficam com um rabicó)... Paguei rapidinho e saí do salao, com a Mari muda ao meu lado... Tive uma crise de choro e perguntei se eu estava uma rolinga. E a Mari, nao.... nao está ruim nao... E nao está ruim, mas também nao está bom nao, né? E ela que isso, se em todo o caso você nao gostar ainda tem como arrumar. AH!!!!!!!!!!! BUAAAAAAAAAAAAAA. Mas rolinga nao está nao. ai, ai... vamos logo para casa para eu ver o estrago.
Cheguei em casa com o meu cabelo com as pontinhas , todas repicadas, para fora. Escovei o cabelo olhei no espelho, olhei de novo, pedi opiniao sincera, e no final das contas já estava conformada. Afinal, nao tinha ficado tao ruim quanto eu imaginava, eu nao tinha me transformado em uma rolinga, e a franja tinha ficado linda (isso eu tenho que admitir). Mas como bem disse a Mariana com esse meu corte agora sou uma argentina moderada hehehe