Flavinha no Mundo da Lua

Esse blog é para quem quer ficar atualizado no que acontece no mundinho dessa menina maluquinha. Principalmente, para ter notícias das aventuras argentinas...

sexta-feira, junho 30, 2006

Sim, eu tenho coraçao, e tenho dó dos argentinos

Ai, ai... Que tristeza! Argentina está fora da Copa e logo no jogo contra a Alemanha (ARGTH, que asco)!!!!! Tadinhos, apesar de tudo, eles nao mereciam tanta tristeza. Até confesso que nos últimos jogos dos nossos hermanos eu, como boa brasileira que sou, até estava torcendo contra, e pretendia, de coraçao, também torcer contra nesse jogo. Mas nao pude! Foi mais forte do que eu! O meu ódio pela Alemanha, ou melhor pelo alemao que mora comigo, é muito maior que a leve antipatia que eu tenho por alguns argentinos, na verdade eu bem que gosto deles, eles tem sido bacanas comigo, seria até injusto da minha parte ficar torcendo contra...
Mas vocês devem estar pensando, afinal de contas quem é esse alemao??? Afinal, ele nunca apareceu nas minha histórias, apesar de merecer um capítulo a parte, e ainda é odiado por mim!!!! Mas explico.... Tudo bem que odiar é um pouco forte demais, mas o fato é que nao gosto dele, ou melhor tenho medo dele. Ele nao fala com ninguém só as vezes emite sons estranhos, nos comprimenta com a sobramcelha, e ainda por cima tem cara de louco psicopata. Mas tem também a história do filme... Mas essa é uma loooooonga história.... E se eu começar contá-la agora vou perder o fio da meada. Explicado o meu ódio pela Alemanha, voltemos à eliminaçao da Argentina da Copa.
Assistimos o jogo aqui em casa com o alemao doido. Todo mundo tava meio assim, sem saber para quem torcer, e no fim das contas até o Cassinho, que desde o primeiro jogo foi o mais anti-argentino de todos os brazucas, tava torcendo pelos hermanos, tudo culpa da "mala onda" desse maldito alemao.
Jogo tenso! Primeiro gol da Argentina, ai que vontade de gritar "Toma distraido! Seu alemao, viado!" Mas pelo bem da minha integridade física, fiquei bem quietinha, torcendo por dentro. Mas logo termina a alegria, gol da Alemanha! Momentos de tensao: o alemao grita igual um louco, vai até a porta de vidro, que estava fechada, e fica lá enfrente dela, acho que devia estar pensando se abria ou nao, nesse momento até pensei que ele ia quebrar o vidro com a cabeça. Mas ele acabou abrindo a porta, indo para o quintal e ficou gritando um monte de coisas que ninguém entendia, por certo ele tava chingando os pobres dos argentinos... Mas o pior é que a Graciela, a senhora argentina que faz a limpeza da casa, estava assistindo o jogo conosco e o doido do alemao pegou e falou uns trem esquisitos para ela (nessa hora como eu queria um tradutor automático). Ai que medo! Pensei que o doido ia voar no pescoço da pobre Graciela. A partir de entao fiquei mais nervosa ainda e mais quieta, vai que o alemao percebesse que eu tava torcendo pela Argentina e resolvesse me atacar também???? Nunca se sabe, né? Fim do jogo, 1 a 1! Ai MEU DEUS!!!!!!!!!!!!!!!!! Prorrogaçao, fiquei tao nervosa que nem aguentei ver, vim para o computador e fiquei só escutando o jogo. PUTZ, penaltis! Nao pude deixar de ver, desci, morrendo de medo, para ver os penaltis. Argentina, sem o seu goleiro oficial, acabou perdendo.... Tadinhos... Os jogadores tudo chorando, enquanto o alemao louco pulava de alegria. Ai que raiva! Como o mundo é injusto. E ainda por cima os mala dos alemaes foram tirar sarro com a cara dos argentinos, o que acabou em porrada (bola que eu estava cantando desde o início do jogo). Fim do "Mundial" para os hermanos...

domingo, junho 18, 2006

A cada dia mais argentina...



Ai, ai... Fiquem calmos que nao estou pensando em me casar e ficar por aqui definitivamente. Tudo isso é por causa de um simples, complicado, corte de cabelo.
Tudo aconteceu quando eu já nao estava mais aguentando meu cabelo, que já estava enorme e minha franja estava num estado deplorável. Diante desse quadro cabelístico caótico, resolvi recorrer aos serviços do nosso querido amigo Ariel muy muy, o cabelereiro que cortou os cabelos das meninas daqui de casa sem transformá-las em argentinas (hehehe). Um dia fui ao Muy Muy cortar as minhas madeixas, e qual nao é a minha surpresa quando vejo que o salao estava fechado. Ai, e agora????? Onde mais eu poderia cortar meus cabelos em segurança???
Ainda sem resposta, mas já nao aguentando a minha situaçao capilar, resolvi sair a busca de um cabelereiro, e para essa aventura, como nao poderia deixar de ser, contei com a ajuda da minha fiel escudeira Mari. Andamos um pouco, e avistamos um salao, aqui na rua de casa mesmo, que parecia que era confiável.
Bom, entrei e pedi ao cabelereiro, que deixasse o corte que estava, que eu queria que ele tirasse um pouco das pontas e que cortasse a franja, para que ela ficasse mais ou menos na altura da sombrancelha. Tudo bem.... Essa criatura foi falando que os cabelos brasileiros eram muito tradicionais (imagina, o meu aí no Brasil nao era nada tradicional) e que aqui na Argentina os cabelos eram bem maluquinhos. Eu disse que tinha percebido, e reafirmei que nao queria meu cabelo maluquinho, que queria ele como estava, tradicional, segundo ele.
Tesoura daqui, tesoura de lá. E eu só pensando, ai meu Deus o que esse homem, ou melhor essa biba, está fazendo com o meu cabelo?????
Terminou o corte! Respirei fundo.... Ai, putz... acho que estou uma "rolinga" (esse termo é usado pelas meninas que tem aquele corte horrível que eu já contei para vocês, que ficam com um rabicó)... Paguei rapidinho e saí do salao, com a Mari muda ao meu lado... Tive uma crise de choro e perguntei se eu estava uma rolinga. E a Mari, nao.... nao está ruim nao... E nao está ruim, mas também nao está bom nao, né? E ela que isso, se em todo o caso você nao gostar ainda tem como arrumar. AH!!!!!!!!!!! BUAAAAAAAAAAAAAA. Mas rolinga nao está nao. ai, ai... vamos logo para casa para eu ver o estrago.
Cheguei em casa com o meu cabelo com as pontinhas , todas repicadas, para fora. Escovei o cabelo olhei no espelho, olhei de novo, pedi opiniao sincera, e no final das contas já estava conformada. Afinal, nao tinha ficado tao ruim quanto eu imaginava, eu nao tinha me transformado em uma rolinga, e a franja tinha ficado linda (isso eu tenho que admitir). Mas como bem disse a Mariana com esse meu corte agora sou uma argentina moderada hehehe

quinta-feira, junho 15, 2006

Copa do Mundo na Argentina: ai que saudades do Brasil...



AI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu nao mereço tanto sofrimento!!!!! Além de ter que passar a Copa do Mundo, momento mais emocionante e que acontece só de quatro em quatro anos, eu ainda tenho que passá-lo em campo inimigo, afinal eu estou na Argentina... Vocês acham que eu realmente mereço isso??? Eu acho que nao.... Como todos vocês bem sabem no sábado aconteceu o primeiro jogo da Argentina. E nós, os brasileiros, como ótimas pessoas que somos, fomos ver o jogo e comer um "asado" na casa de um argentino amigo do Rodrigo e para dar uma ajudinha para os hermanitos até fomos com camisetas da argentina e tudo o mais. Mais ou menos como acontece no Brasil, tudo parou por causa do jogo, as ruas estavam todas em azul e branco, só que com uma pequena diferença, no Brasil tudo é bem MAIS (se é que vocês me entedem), mais animado, mais colorido, mais tudo. A Argentina ganhou, ficamos felizes pelos hermanos, afinal já faz muuuuuito tempo que eles nao vao bem em uma copa do mundo, voltamos para casa e retomamos nossa vida normal, afinal sair para comemorar já ia ser demais, vocês nao acham??? Até aquele instante nao tinha tido nenhum problema futebolístico aqui na Argentina, aliás tudo vinha sendo bastante amável, inclusive um cara que trabalha no comedor sempre vem mecher com a gente e falar que vai torcer para o Brasil e tal... Até que chega o grande dia, a estréia do Brasil na Copa! Nos reunimos aqui em casa para vermos o jogo, todo mundo com camiseta do Brasil, com a cara pintada de verde e amarelo, com chuva de papel picado, corneta e tudo o mais, enfim, um verdadeiro carnaval. Mas nem preciso dizer o quanto o Brasil jogou mal e que aquele Ronaldo gordo nao fez nada, e que só o Ronaldinho e o Kaká (lindo) salvaram o jogo. Mas pior do que isso foi ter que ver o jogo, narrado por um locutor argentino filho da ***** que estava torcendo para a Croácia! Fala sério!!!! Nesse momento eu até senti saudades do mala do Galvao Bueno, isso é só para vocês verem como é crítica a minha situaçao por aqui... Enfim, pelo menos o Brasil ganhou. Agora, amanha tem jogo da Argentina e eu sou Sérvia e Montenegro desde criancinha e no domingo, espero, que a seleçao brasileira faça por ande e cale a boca dos nossos queridíssimos hermanitos...


quarta-feira, junho 07, 2006

Já encontrei o que Brasil e Argentina tem em comum (infelizmente)

Antes de começar a escrever, tenho que fazer uns esclarecimentos. Sei que o tom do meu blog vem sendo bastante humorado, com casos engraçados e por que nao, inusitados. Porém este post vai ser um pouquinho diferente (vocês logo saberao porque), afinal nao posso ver tudo isso sem escrever uma linha sequer.
Quando eu cheguei aqui, a primeira coisa que falei quando vi o prédio da Escuela de Ciencias de la Información (e isso está lá num dos primeiros post): "Ai que saudades da Fafich e do meu queridíssimo curso de comunicaçao". O tempo foi passando, e fui só ficando cada vez com mais raiva do sistema educativo Argentino, que a princípio eu nao conseguia entender bem. Depois com as primeiras provas, fui ficando ainda com mais raiva, afinal que método avaliativo é esse???? Que nao pede para que o aluno relacione conceitos ou faça sua própria intepretaçao do estudado (claro com fundamentaçao), e se retringe a pedir que os alunos apenas reproduzam textos, e isso, sinceramente, é melhor que o próprio autor diga, né???? E para piorar, depois de todas essas provas de que estava tudo errado, ainda presenciei uma conversa que me deixou ainda mais desolada.
Estava eu na aula de Movimientos Estéticos y Cultura Argentina, quando uma das meninas do meu grupo, estava contando que estava procurando um estágio e que em um dos lugares uma moça fez o seguinte comentário quando ela falou que estudava na Universidad Nacional de Córdoba "Nós nao contratamos o pessoal da Nacional, porque elés formam críticos, e nós queremos jornalistas". Nisso eu fiquei com uma cara de interrogaçao de todo o tamanho, afinal como eles podem ser críticos se os professores nao dao margem para que os alunos desenvolvam uma opiniao própria??? Mas hoje eu consigo compreender um pouco melhor a formaçao deles, bem mais téorica que a da UFMG, pretende dar uma base bem sólida para só no final do curso poderem desenvolver suas próprias idéias.
Além de toda essa confusao do esquema de ensino, nao posso deixar de mencionar que a instituiçao Universidade anda meio em crise por aqui. É greve atrás de greve, e as greves aqui sao diferentes do Brasil, no começo é um dia e depois só vao aumentando as paralizaçoes, a última foi de uma semana... E ao contrário do Brasil, nao há reposiçao das aulas perdidas, fica tudo por isso mesmo, os alunos que se f******. Aqui a principal reivindicaçao dos docentes é pelo salário, dá para acreditar que aqui o salário do professor é pior que o do Brasil???? Além do mais aqui nao tem essas gratificaçoes por pesquisas realizadas nem nada... Enfim o apoio a pesquisa é praticamente nulo, iniciaçao científica entao??? com bolsa??? Nem nos melhores sonhos...
Diante desse quadro um tanto quanto assustador, fiquei aliviada de estudar no Brasil e me graduar na UFMG, uma das universidades mais bem conceituadas quando se fala em comunicaçao. Mas como alegria de pobre dura pouco.... Via e-mail me enterei da terrível crise que o meu querido curso de comunicaçao está passando. Se antes já reclamávamos da falta de professores, parece que a situaçao só tem piorado. Com a licensa, e o afastamento de alguns docentes, o curso já nao conta com professores de Relaçoes Públicas e de Publicidade, e devido a isso, algumas matérias foram canceladas e nao há previsao para concurso ou mesmo para a contrataçao de novos professores. Com essa situaçao desoladora, nao sem razao, os alunos farao o enterro do curso de comunicaçao. E para minha tristeza acabo descubrindo mais semelhanças entre a universidade aregentina e a brasileira: ambas vivemos um momento de crise...

quinta-feira, junho 01, 2006

Da neve do Aconcagua às praias do Pacífico... Afinal quem pode, pode...


Ai, ai... que post chato esse... Odeio ter que fazer isso, mas dessa vez vou ser obrigada a me exibir um tiquinho, afinal nao é todo dia que a gente conhece a neve (e diga-se de passagem com o Aconcágua logo ali na frente) e ainda conhece o Chile e molho o meu lindo pezinho no Pacífico. Foi uma viagem de uma semana, mas foram tantas coisas e tantas emoçoes que nem sei se vou conseguir descrever tudo aqui. Mas vou tentar, lá vai...
Tudo começou quando saimos, na segunda passada, de Córdoba em direçao a nossa primeira parada: Mendoza. Antes de dizer dos passeios e da nossa tragetória, digo que como bons hermanos, viajamos eu, Mari, Jana, Cath, Rúbia, Nash, Ricardo, Redner, Rodrigo e Cássio... Ufa! Acho que nao me esqueci de ninguém.
Comecemos pelo começo... Mendoza, que falar dessa cidade?! Super bonitinha e aconchegante, fazia uma friozinho super convidativo para um vinho, um fondeu e um cobertor de orelha... Mas enfim, nao era essa a minha realidade, nessa história só fiquei com o frio e com o vinho, mas já é um bom começo. Para começar bem a nossa viagem, no nosso primeiro dia em Mendoza fomos visitar víniculas, bodegas, licolerías, fabrica de chocolate, e o melhor de tudo, com direito a degustaçao. No final do dia já estavamos meio "borrachos" com tanto vinho, afinal vinho bom e de graça nao dá para recusar, né? Mas pelo menos a fábrica de chocolate foi a nossa última visita, assim deu para repormos a glicose hehehehe. Final do primeiro dia...
No dia seguinte acordamos bem cedo para a nossa próxima e mais emocionante aventura: conhecer as Altas Montanhas (e a neve!!!!!!!!!!!!!!) Fizemos um caminho super bonito pela pre cordilheira, até chegarmos ao ponto máximo da nossa viagem: ao parque do Aconcágua... Antes mesmo de entrarmos no parque já havíamos avistado neve, era um bom sinal de que nosso passeio iria render. Descemos no parque e logo na entrada já vimos neve!!!!!!!!!!! Foi alegria geral da naçao brasileira, foi neve e flashes para tudo quanto é lado. Fizemos um traking (nome chique para dizer caminhada), e nisso começou a nevar (ai que emoçao... fiquei com a minha roupa cheia de flocos de neve...), e andamos até chegarmos ao um mirante onde a gente poderia ver, se o tempo nao estivesse tao feio, o Aconcágua. Infelizmente a única coisa que vimos foi uma névoa branca e uma avalanche! Calma pessoal, foi coisa tranquila, só um pouquinho de neve e pedras decendo morro abaixo... Depois da grande emoçao do dia ainda visitamos a ponte inca, onde tem águas termais, e mais uma fábrica de chocolates!
Fim da viagem a Mendoza... =( De manha cedo já estávamos com as malas prontas rumo ao Chile, e com a dúvida se chegaríamos, é que a fronteira poderia estar fechada por causa da neve.... Mas, felizmente, conseguimos passar depois de ficarmos mais de duas horas na fronteira, é que tinha uma fila enorme (que tinha acumulado, pois nos dois dias anteriores a fronteira estava fechada)... Com esse imprevisto, quase morri de frio em meio a tanta neve e acabamos atrasando nossa viagem... Chegamos em Santiago só no à noite, e a única coisa que pudemos fazer foi sair para comer uma coisa (uma parrillada que nos saiu o olho da cara). O jeito foi esperar o dia seguinte para tentarmos conhecermos algo da capital chilena. Mas como já tinhamos planejado ir também a Valparaíso, o jeito foi conhecer o que desse de Santiago na parte da manha... Fizemos tal qual a propaganda da Kodak, demos uma super volta pela cidade, sem pararmos muito. No fim conhecemos um pouco, e fiquei com um gostinho de quero mais! Ah! Até andamos no metro, e me lembrei da Tia Claudinha... O metro de Santiago, tal qual o de Sao Paulo, é super limpo... E no transito, ao contrário dos argentinos, os chilenos sao super bem educados e respeitam o pedestre, já até estava me esquecendo como é bom atravessar a rua sem ter um carro querendo te atropelar....
Por fim fomos a Valparaíso, uma cidade bem particular, toda feita em cima dos morros, e de frente para o Pacífico... Mas Valparaíso me pareceu uma cidade um pouco suja, em relaçao a Santiago e à Viña del Mar... Essa sim é super linda, mas é para quem tem grana de verdade, ou seja, nao é para meu bico. Mas foi por lá, que coloquei meu lindo pezinho no Oceano Pacífico e onde curti a praia chilena.... Depois fomos para uma das partes da viagem que eu mais gostei, fomos a Isla Negra conhecer a casa do Pablo Neruda. Amei! Queria eu também viver aí....
Acho que foi só... No dia seguinte voltamos, ou pelo menos tentamos, voltar para Córdoba. De Valparaíso pegamos um onibus para Mendoza, chengando lá íamos comprar uma passagem para Córdoba, mas já nao tinha mais lugares... Fazer o que??? O jeito foi pegar um onibus para Rio IV para só depois irmos a Córdoba. E para piorar a situaçao o onibus quebrou e ficamos umas duas horas parados, e só depois de 27 horas de viagem finalmente conseguimos chegar em Córdoba... Ufa!!!!! Já estava com saudades de Córdoba.